Ainda a propósito do fim das Instituições (O Novo Império do Islão – texto de 2012)

Este texto foi escrito em 2012, numa página do facebook (esquecida) com o mesmo nome desta página. Julgo que pode ser mais atual agora ainda do que na altura em que a escrevi.

O novo Império do Islão

Imaginem todos os países islâmicos unidos, da Indonésia a Marrocos, com Paquistão e Arábia Saudita, ou o Irão, pelo meio.

Já existiu assim um Império, o primeiro Império do Islão. Dominou o Mundo Ocidental com duas armas, a Super Moral, engrandecida pelo entusiasmo religioso, e as inovações tecnológicas.

Não só tecnológicas como sociais, lembre-se que legislação de Maomé (estou a resumir-me à época da ascensão do Islão) em Portugal só existiu na primeira República e depois do 25 de abril, como o direito às mulheres em votar, fazer comércio, e até pedir divórcio. As aberrações que fazem com as mulheres agora, apareceram séculos depois da morte de Maomé.

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O fim da ONU e a ascensão das novas alianças


O Escritório das Nações Unidas em Genebra
Foto de Mathias Reding na Unsplash

O fim da ONU e a ascensão das novas alianças

Não é só o fim da ONU, a Nato, até a União Europeia, puseram-se numa posição em que se arriscam a desaparecer. E entretanto outras novas alianças supra nacionais vão ascendendo.
Mas olhando apenas para a ONU, a organização supra nacional que pretendia regular todos os países do Mundo, que pretendia que não houvessem mais guerras como a Segunda Guerra Mundial. Ingénuos, aqueles que pensaram que algum dia acabariam as guerras.
Tal como há 100 anos, mais um punhado de anitos, quando se criou a Sociedade das Nações, ou mesmo quando os líderes mundiais desculpavam a carnificina a que sujeitavam os rapazes na Primeira Guerra Mundial, ou “A Grande Guerra”, com a expressão, “a guerra para acabar com todas as guerras, ou houve ingenuidade ou fizeram de conta que sim.

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Empresas e Estados, a Nova Ordem Feudal

Photo by Gioele Fazzeri on Unsplash

No texto anterior deste tema, “A Nova Idade Média”, referi que atualmente, as grandes empresas valem mais do que a maior parte dos países, têm mais dinheiro, têm mais Poder e influência sobre as pessoas do que os Estados e mais ainda, têm Poder sobre os Estados como há uns séculos não se via com tanta força, com tanta preponderância. E os países, os Estados, vá-se lá saber porquê, ou se calhar até é fácil perceber, ficam cada vez mais coniventes por um lado, e cada vez mais reféns desse Poder das empresas, por outro.

Tal como na Idade Média, em que os Senhores com as maiores propriedades, com os maiores exércitos, portanto, os mais ricos e os mais poderosos, acabavam por ter uma tal influência que tornava os Estados, os Reis e Monarquias, reféns, dependentes, desses grandes Senhores, desses Nobres, Duques, Marqueses e Condes, principalmente, também hoje se nota uma subserviência maior do que seria desejável dos Estados perante os grandes Grupos económicos, as grandes empresas.

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O novo servo da gleba

Foto by ubsplash

Um homem sem nome, que, mesmo tendo um nome de nascimento, assim se sente, incógnito, no meio de uma multidão da cidade onde vive, junto com Milhões  de outros habitantes. Tem toda a sua vida num apartamento de 3 divisões, num quarto andar de uma rua secundária e bastante escura. Trabalha num escritório como administrativo a tratar dos assuntos dos condomínios dos seus concidadãos mais abastados, os que não vivem em ruas escuras.

Vive tranquilo, este homem sem nome, sai todos os dias cedo de casa para o trabalho, durante 11 meses por ano, seis dias por semana, 10 horas por dia, em dias de pouco trânsito. Algumas semanas consegue ter, além do domingo, mais um dia de descanso. Passa esse tempo a arrumar e consertar o seu apartamento alugado, já velhote. Tudo isto referido atrás é considerado ter-se sorte, ou mais sorte do que a maioria das pessoas do Mundo.

Assim vive este homem sem nome, dia a dia a ver os anos passarem, e conseguiu comprar um carro usado, fez uma vez umas férias de três semanas, e chegará assim aos 50 anos, esperando nessa altura poder ter ainda trabalho – dado ser apenas um simples trabalhador mal pago, como a maioria das pessoas.

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Ditadores e homens-Estado. Liberdade ou Segurança. Corrupção ou Força.

Fonte: https://availleadership.com/overthrow-the-dictator/
O alvor dos “representantes do Povo”.

A ascensão dos “homens-Estado” ao longo do tempo.

Nas últimas décadas começaram a (re)surgir líderes políticos de cariz populista, personalidades fortes e defensores dos valores morais, ideólogos da segurança como prioridade máxima, e com a bandeira da luta contra a corrupção bem erguida.

Estamos em pleno século XXI mas podíamos estar há um século atrás, com as Ditaduras Fascistas europeias a substituírem democracias “jovens e imaturas” ou as Comunistas russa e asiáticas a substituírem sistemas quase feudais.

Podíamos estar no século anterior, no Brasil, quando uma monarquia representativa foi substituída por uma república autoritária, derrubando a corte de D. Pedro II. 

Podíamos, mais ou menos 200 anos antes disso, estar na corte de Luís XIV, ver “implantar” o Absolutismo, onde o sistema de representação dos nobres foi substituído pelo Poder Total, Divino e Absoluto do Rei Sol. 

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